Simeone e seu segredo para enfrentar o Arsenal: "Não perca sua identidade, seja autêntico e respeitoso, e o trabalho valerá a pena no final."

O Atlético de Madrid não teve um começo fácil na principal competição continental. Apesar de ter saído do Liverpool com uma derrota retumbante, agora enfrenta o Arsenal, recém-coroado líder da Premier League, ansioso para continuar sua ascensão na competição. "Precisamos de uma vitória fora de casa e na Liga dos Campeões", afirmou o técnico do Atlético.
Sem menosprezar o rival, cujas grandes qualidades Mikel Arteta lhe incutiu, ele acredita que é importante que cada jogador se mantenha fiel ao seu estilo se quiser alcançar algo positivo. "Não perca sua identidade, seja autêntico e respeitoso, e o trabalho valerá a pena no final", explicou ele como um método para o sucesso.
Ele expressou o mesmo sentimento sobre o adversário na terça-feira. "Vamos enfrentar um time muito bom, com um padrão de jogo muito definido", começou o argentino, antes de explicar o histórico dos Gunners: "São cinco ou seis anos com uma identidade clara sob o comando de Arteta. Eles não fazem concessões, continuam evoluindo com os jogadores, e isso é perceptível."
Simeone encontrou semelhanças entre este Arsenal e o Atlético de 2014, especialmente nos gols de bola parada, dos quais o time britânico vem se beneficiando há várias temporadas, como visto contra o Madrid na temporada passada.
Eles lembraram ao argentino seu duelo anterior com os britânicos, apenas uma eliminatória da Liga Europa em que os rubro-negros acabaram avançando e até triunfando na competição em 2018. Mas Julián Álvarez os enfrentou diversas vezes quando jogava pelo Manchester City.
"O Arsenal provou nos últimos anos que é um grande time. Eu competi contra eles quando estava no City. Eles têm jogadores e um técnico muito bons, e cresceram muito", elogiou o atacante. Álvarez acredita que a posse de bola e as jogadas de bola parada do time inglês merecem ser consideradas, mas explica que o Atlético também tem "forças para causar problemas".
Ele está ciente das dificuldades das transições inglesas, mas o Arsenal pode não ser um time típico. Arteta administra a posse de bola e a velocidade igualmente bem, graças aos meio-campistas que, além de um bom trabalho de pés, contam com pontas rápidas para jogar. "Criei mais com minhas experiências e meus pensamentos; usar outras coisas não funciona. Você tem que ser autêntico. Você tem que ter uma ideia e segui-la", observou Arteta.
Na metade do caminhoO técnico espanhol está entrando em seu sétimo ano no comando do Arsenal e valoriza muito os 14 anos de Simeone — o dobro disso — no comando do Atlético. "Vejam o que ele fez desde que chegou ao Atlético. É incrível. A identidade que ele deu ao clube, à equipe, se deve à grande personalidade do treinador. É muito difícil ficar lá por 14 anos."
Às vésperas do confronto de terça-feira entre Arsenal e Atlético de Madrid, no Emirates, pela Liga dos Campeões, um jogador que poderia ter ido para qualquer lugar também se manifestou. Mikel Merino, cobiçado pelos Rouge et Blanc, valoriza muito os jogadores de Simeone. "As pessoas menosprezam o Atlético por ser defensivo, mas você vê como eles jogam no ataque... Você não ganha campeonatos e está na Liga dos Campeões sem um bom ataque", concluiu.
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